O caminho também é um lugar
“A gente precisa parar com a velha mania de esperar a calmaria só quando se chega e entender que o caminho também é um lugar”
Para ler ouvindo:
“caminhante, não há caminho:faz-se caminho ao andar.”(Antonio Machado)
Então por que será que, mesmo sabendo (em teoria) todas as cartilhas, vira-e-mexe nos encontramos presos nessa armadilha de achar que o caminho que estamos trilhando hoje é apenas um atalho para qualquer outro lugar onde tudo fará sentido, em que teremos todas as respostas e as angústias serão dissolvidas?
“o 'lá' não existe - quando você chega 'lá', ele já mudou de lugar”
(frase que ouvi e que me me deixou pensando por dias)
Eu acredito que, muitas vezes, a gente acha que não está saindo do lugar apenas porque não chegou aonde achou que deveria ter chegado. Num determinado momento de vida, em tal marco ou dentro de alguma expectativa que nos colocamos (ou nos foi colocada). Estamos sempre em movimento, mas nos sentimos estáticos porque o tal "lá" parece não estar mais próximo nunca.
Se cobrar para atingir certos sonhos é normal e até saudável, é algo que nos move e nos faz seguir adiante - porém não pode ser visto apenas como o único objetivo a ser alcançado, como se depois daquele ponto todos os problemas fossem magicamente se resolver. Spoiler: não vão. (ou vão, mas aí existirão outros novos com os quais teremos que lidar e que ainda não temos a menor ideia que existam, o que não é de todo mal - afinal, a gente veio nessa vida pra aprender e evoluir né? 😉
Quando eu era mais nova, havia um desespero, um desejo por uma certeza...
- Eu sei o que você quer dizer, porque eu me lembro de pensar, "Oh, um dia, talvez lá pelos meus trinta e poucos, tudo vai de alguma forma se resolver e se estabelecer, acabar." Era como se houvesse esse platô, e estivesse esperando por mim, e eu estivesse escalando em direção a ele, e quando eu chegasse ao topo, todo crescimento e toda mudança parariam. Até mesmo a alegria. Mas não aconteceu desse jeito, ainda bem...! Acho que quando somos jovens, não levamos em conta nossa curiosidade infinita. E isso é o que é tão maravilhoso sobre ser humano.
(tradução livre de um trecho de "O paradoxo da idade", cena do incrível "Waking Life", que eu assisti algumas vezes mas desde a primeira, há tantos anos, foi uma das que mais me marcou)
“Não sei onde estou indo, só sei que não estou perdido” é uma frase de uma música da Legião Urbana que sempre me tocou demais - para mim, ela sempre foi ter um propósito e enxergar sentido nas ações, por mais que, muitas vezes, a gente sinta que está sem direção. E aqui não estou nem falando de um propósito grandioso ou muito definido: estou falando sobre algo mais mundano e palpável mesmo, como o propósito de continuar a descobrir coisas novas, aprender atividades diferentes, conhecer pessoas, explorar outros mundos, entender o que nos cerca por diversas perspectivas. Essa nossa “curiosidade infinita”.
Às vezes temos dificuldade de olhar para o presente com mais generosidade e entender que aquilo que estamos passando é especial e único apenas por ser exatamente o que estamos enfrentando no momento; por ter as lições que precisamos aprender para crescer, tudo o que precisamos reconhecer e agradecer, o caminho que ainda precisamos trilhar. Viver em qualquer outro lugar que não o agora só gera sofrimento, e mesmo assim é tão difícil nos desvencilharmos do nosso passado editado ou do futuro sonhado. Mas quando olhamos ao redor e entendemos que de fato o presente é tudo o que temos: não parece a melhor opção?
Enxurrada de links sortidos e queridos
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A Netflix divulgou o trailer de “Toda Luz que Não Podemos Ver”, nova minissérie baseada no livro homônimo e vencedor do Prêmio Pulitzer de Anthony Doerr. A prévia mostra a conexão entre Marie-Laure Leblanc, uma jovem francesa cega refugiada na Segunda Guerra Mundial, e Werner Pfennig, um soldado da Alemanha de Hitler. Os dois formam um laço secreto que vira uma fonte de esperança:
“Only Murders In The Building” foi renovada para a quarta temporada.
Você sabia que existe um curso gratuito de Notion para iniciantes criado por uma das únicas duas pessoas certificadas (pelo próprio Notion) no Brasil?
A LEGO. Uma marca que representa o universo do criar e brincar, e se moderniza para fazer parte da infância de diferentes gerações. E não só da infância.
Adultos montam LEGO. Um hábito que foi ressignificado, e ganhou um novo papel nas suas vidas. Não é a nostalgia pela nostalgia, é o momento de concentração e relaxamento. É o conforto do som das pecinhas encaixando, e das páginas do manual virando como faziam antigamente.
É o quanto a marca se torna parte da sua identidade, o que torna os seus produtos parte da decoração.
Todos esses sentimentos e comportamentos foram entendidos e abraçados na última campanha:
A ideia de “LEGO para relaxar” vem acompanhada de uma playlist no Spotify com som ambiente, e uma parceria brilhante com a LoFi Girl. E a ideia de “LEGO para decorar” vem com uma linha que passa por flores, cultura pop, arquitetura e datas comemorativas.
O que nos mostra que durar décadas é sobre saber se atualizar, sim. Mas não necessariamente no mesmo universo. Para evoluir com as pessoas, às vezes é preciso quebrar estereótipos.
Uma marca para crianças que se torna uma marca para os adultos que elas se tornaram. Que se encaixa perfeitamente em diversas tendências de comportamento, sem precisar correr atrás de todo assunto que aparece (e desaparece) nas redes sociais. E, assim, transcende o tempo e o barulho. Como toda marca precisa aprender a fazer.
Parte da campanha da LEGO foi uma parceria com a Lofi Girl, canal do Youtube conhecido de todo mundo que já precisou manter o foco no trabalho. A identidade visual adaptada para a marca ficou linda, e a playlist é ótima. Uma referência de branded content.
Via
Mergulhei na dobradinha "Laços" de Domenico Starnone, e "Dias de Abandono", da maioral, Elena Ferrante. Dizem (as fofocas literárias) que o primeiro é uma resposta ao segundo. Ambos são devastadores, de jeitos muito próprios. Impossível não odiar os personagens, se identificar de maneiras desconcertantes, desejar coisas ruins, e depois esperar por dias melhores. Sei lá, mil coisas. Poderia escrever sobre eles mas vocês me conhecem e talvez isso nunca aconteça.
Durante esse final de semana eu li “O Estrangeiro” de Camus, o clássico que completou 80 anos esse ano. A premissa é conhecida: um homem comum se depara com o absurdo da condição humana depois de cometer um crime quase inconscientemente após a morte de sua mãe. O protagonista Meursault é preso, julgado e condenado, e conta toda sua jornada em uma linguagem tão desencarnada quanto enigmática. Tudo é muito claro e ao mesmo tempo nada faz sentido.
Agora meu Kindle está com uma filinha:
Matéria Escura pelo clube do livro da
As Boas Mulheres da China pelo clube do livro da
A Natureza da mordida porque é da Carla Madeira e eu ainda não li esse.
Estou muito foçada na minha viagem como eu comentei na semana passada, nas minhas pesquisas tenho encontrado muita coisa legal para facilitar a viagem com um garotinha de 8 anos.
Até semana que vem!
Amei sua reflexão! O caminho é um lugar! Amei isso!