Para ler ouvindo:
Lojas de decorações de natal antes mesmo de outubro começar me mostram o quanto somos bombardeados com a pressa, por isso tantas pessoas sofrem de ansiedade (eu) e entendi o porque de eu sentir sempre que estou perdendo algo todos os dias (estou mesmo, é impossível saber ou ver tudo, surreal).
Eu gostaria de discorrer mais sobre esse assunto, mas a verdade é que estou com meu hiperfoco ativado há 1 semana [o que está me fazendo perder a noção do tempo]
O hiperfoco em pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é a capacidade que as mesmas têm de se concentrar em algo e permanecer durante bastante tempo, podendo durar dias, meses ou até anos. Essa ação é ativada por meio de alguma atividade prazerosa como um jogo, trabalho, objeto entre outros.
Motivo esse que fez essa News chegar até você com um dia de atraso, eu simplesmente no consegui me concentrar e sentar para escrever aqui e acabei caindo no looping do “entrego quando a água bate na bunda”, só que isso aconteceu com minhas entregas do trabalho também, pq começo de mês é quando entrego os conteúdos dos meus clientes (produzo conteúdo para instagrams de médicos, arquitetos, corretores de imóveis, empreendedores no geral), enfim, fui atropelada e esmagada pela única coisa que me interessa nesse momento UMA VIAGEM QUE GANHEI DE SURPRESA PARA O PRÓXIMO MÊS.
[nao contarei nada agora, porque meu pânico não me permite entrar em um avião com muita gente sabendo que estarei lá, então só falo sobre a viagem quando eu já estou no destino, me julguem. ]
De qualquer forma será uma viagem muito incrível, tenho certeza. Faremos um girl trip (minha sogra, a Helena e eu) para um lugar que eu adoro. O único problema é que eu só penso nisso, só leio sobre isso, só pesquiso sobre isso, não paro de mexer no roteiro e em pensar nas roupas, lugares, logística.
Segundo estudos, o hiperfoco acontece por conta dos baixos níveis de dopamina que fazem com que o neurotransmissor nos lobos frontais do cérebro atuem no sistema de recompensa imediata, ou seja, que busque atividades que o motivem e gerem prazer. Isso acaba gerando uma maior dificuldade para a realização de outras tarefas que podem ser consideradas menos interessantes. Porém é possível usar o hiperfoco como uma vantagem. Algumas estratégias são: criar um cronograma, desenvolver atividades que envolvam outras pessoas, criar lembretes e controlar as distrações, mas confesso que tá puxado pra mim.
Então aceitem essa News que está mais para um rascunho/desabafo. Eu tenho essa forte tendência a acreditar que, se eu não estou suando a camisa, sangrando pelos poros enquanto tento dar o meu melhor, talvez o que eu esteja entregando seja ruim. É raro eu estar confortável com minhas coisas.
Essa semana não tenho nada de relevante para dizer. Na avalanche de pessoas dizendo tudo sobre tudo o tempo todo, que fracasso sentimos quando NÓS não conseguimos desenvolver algo relevante, não é mesmo? O que a internet não conta é: ninguém é interessante 24 horas por dia, talvez nem toda semana. A gente esquece que stories tem 15 segundos, fotos são editadas e vídeos são combinados para entregarem uma sequência de eventos incríveis em um corte de música. Nos levar a sério demais nos bloqueia. Nos comparar nos bloqueia.
“Pega um pouco mais leve com você mesmo.”
(Conselho para mim)
O Chico Felitti contando uma história sobre uma pessoa que manipulou sua vidinha besta para parecer o máximo. É uma série de episódios e eu já to surtando esperando o próximo.
Relatório muito legal sobre autoestima e bem-estar: “A década do Des-encanto”.
Madeleine Peyroux — Teatro Bradesco. 04.10.
Curso: Saúde mental em cena — The School of Life. 23.10
Teatro: Eu de Você com Denise Fraga — Teatro Tuca. Até 15.10
Amei essa newsletter da Queria ser grande, mas desisti
Tradução em tempo real: através de IA, em breve a gente vai poder ouvir qualquer podcast em qualquer idioma, na voz do locutor original. O primeiro piloto disso acaba de ser lançado.
Dica da Eat You Nuts: - Plataforma que transforma livros em newsletters
Não sou fã de contos e não sou fã de terror, mas li O adulto e me surpreendi.
Gillian Flynn é a autora do best-seller, “Garota Exemplar ” e eu adoro ler o que ela escreve, já li todos os seus livros, mas me faltava O Adulto. Ele é, sem dúvida, o que mais foge ao estilo que ela tem costume e isso em vários aspectos. O livro se resume a um único conto, curtíssimo (57 páginas), que você vai ler em uma hora. A história é uma deliciosa homenagem ao gênero de terror.
A narrativa é rápida, eficiente e você vai estar envolvido com a protagonista logo na primeira página. Sério! Por mais que ela seja muito mau caráter, ela é muito bem humorada e carismática. Cada página vai te incitar a criar uma teoria para os fatos e o final, meu amigo, vai te deixar se perguntando: O que foi que eu perdi?
Curiosidades sobre O adulto
O conto foi escrito a pedido de George R. R. Martin e publicado pela primeira vez em uma antologia organizada pelo autor. Além disso, foi o vencedor do Edgar Award como melhor conto de 2015.
Fico por aqui, até semana que vem!