Cérebro em modo de espera
Se você já esteve em uma posição em que não conseguiu se concentrar porque não consegue parar de pensar em algum compromisso agendado, então você experimentou algo chamado "modo de espera".
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Para ler ouvindo:
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Estou há 15 dias com meu cérebro “modo de espera”. Há 10 anos setembro é um mês que faz isso comigo. Em setembro eu casei, em setembro meu sogro faz aniversário e sempre rolam eventos grandiosos e intermináveis (pq sempre cai no feriado) e em setembro também é o aniversário da minha filha.
Dessa vez, viajamos para um hotel que adoramos e passamos os 5 dias do feriado por lá comendo, bebendo, comemorando, rindo, aproveitando com a família e amigos queridos. Nem posso dizer que voltei para casa com ressaca, voltei praticamente precisando ser internada 😂, exausta e sem voz, mas em 3 dias aconteceria a tão esperada festa no buffet da minha filha Helena (ela sempre quis uma e eu nunca fiz, sempre achei mais vantajoso viajar, mas nesse ano, no aniversário de 8 anos, resolvi ceder - e não me arrependi, foi demais!)
Só que ainda tinha um porém, no mesmo dia (logo após a festa) meu marido iria se internar, pois faria uma cirurgia no dia seguinte. Foi cômico, pq não foi trágico, mas se você pensar no meu TDAH + ansiedade conseguirá te uma noção da intensidade desses dias.
Passei a última quinta e sexta-feira funcionando apenas para que tudo funcionasse bem, dando o meu melhor para fazer companhia para o Lucas e para não perder os horários da Helena. Nessa toada cheguei ao sábado exausta e (como minha filha tem um dom poderoso de se aproveitar de mim) com um sentimento de que a minha vida não me pertencia mais, eu estava so servindo às necessidades dos outros.
Foi então que me rebelei (após passar 3h esperando a Helena dormir) e mostrei para o universo que eu mandava na minha vida sim…
Se uma consulta à tarde me deixa em um estado de ansiedade a manhã toda, imagina essa quantidade de eventos que saem do meu controle acontecendo seguidamente… até ganhei uns quilinhos, pq óbvio que descontei na comida.
Se o seu cérebro também entra em modo de espera aqui estão algumas estratégias de enfrentamento, não sou guru, nos últimos dias eu não consegui colocar nada em prática, contei com a ajuda do meu tarja preta algumas vezes, entretanto agora que tudo está mais dentro da normalidade (apesar do marido de repouso em casa), essas técnicas estão me ajudando a voltar à vida “normal”.
Se você já esteve em uma posição em que não conseguiu se concentrar porque não consegue parar de pensar em algo agendado para o final do dia, como uma consulta médica ou uma reunião com seu chefe ou os eventos familiares, então você experimentou algo chamado "modo de espera". O modo de espera - um estado de ansiedade ou ruminação devido a um evento próximo - é frequentemente experimentado por pessoas com problemas de funcionamento executivo, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, devido a dificuldades com a regulação da atenção e cegueira no tempo.
Se você não conseguir se concentrar em nada além do próximo evento, essas quatro estratégias de enfrentamento podem ajudar.
1. Faça uma lista de prioridades
A luta com o modo de espera é que pode ser difícil desligar as preocupações, o que pode resultar em esquecer tudo o mais que precisa ser feito. Para ajudar a voltar ao seu modo normal, escreva uma lista de prioridades para o dia, que você pode consultar quando seus pensamentos inevitavelmente se voltam para suas preocupações com o próximo compromisso. Esta lista de prioridades deve incluir o que absolutamente precisa ser feito durante o dia, bem como os itens agradáveis de terminar.
2. Comece com tarefas de baixo esforço
Uma das grandes lutas sobre estar no modo de espera é que parece que todo o seu poder cerebral disponível está sendo ocupado por suas preocupações com a próxima consulta ou compromisso. Também pode ser especialmente estressante iniciar uma grande tarefa - você pode se preocupar em perder a noção do tempo. Uma maneira de aliviar essas ansiedades, ao mesmo tempo em que se mantém no caminho certo para o seu grande compromisso, é trabalhar em tarefas de baixo esforço, seja limpando sua caixa de entrada, classificando papéis ou, finalmente, organizando sua mesa. Se isso precisa ser feito, e não requer muito poder cerebral, agora pode finalmente ser a hora de fazer isso.
3. Seja estratégico sobre o agendamento de compromissos
Se uma consulta à tarde tiver o efeito de interromper sua rotina matinal, seja estratégico sobre o agendamento. Em vez de um compromisso à tarde, o que pode deixá-lo olhando para o relógio a manhã toda, um horário matinal fará com que você termine e esteja pronto para retomar sua rotina diária. Também pode ajudar a agendar compromissos para outros horários estratégicos, como logo após a deixar as crianças na escola ou logo após o almoço, o que reduz esses pequenos trechos de tempo não programado.
4. Defina um alarme
Uma das principais dificuldades em ter cegueira no tempo é a incapacidade de avaliar corretamente a passagem do tempo, seja uma hora que passa como se fossem cinco minutos, ou cinco minutos como uma hora. Se você adicionar dificuldades com o controle de foco, seja hiperfocar em um assunto a ponto de esquecer todo o resto, ou se distrair com 10 tópicos diferentes, então é muito fácil perder a noção do tempo. É essa dificuldade com o tempo que pode criar uma enorme quantidade de ansiedade sobre perder um compromisso importante, criando um limbo de espera onde é impossível se concentrar em qualquer coisa além do próximo compromisso. Uma maneira de reduzir essa ansiedade é definir um alarme. Agora você pode se concentrar na tarefa em mãos—sem se preocupar em deixar o tempo do seu compromisso passar.
Às vezes tenho a sensação de que a minha cabeça vai explodir com tantos pensamentos dentro dela, por isso sei também que essas dicas e estratégias de autoajuda podem irritar quando aparecem, mas é sempre válido ter uma listinha do que fazer para sair do limbo quando consigo voltar a ser funcional.
Essa news me pegou muito, gostei demais:
Do
“trauma, limites, narcisismo, tóxico, gatilhos, depressão, ansiedade… termos do consultório de terapia se infiltraram na cultura de massa e em nossas conversas cotidianas. o tal do Therapy Talk está por tudo: do livro de memórias do Príncipe Harry às letras da Taylor Swift, de seriados adolescentes como Euphoria até as novelas. habitar a Era do Papinho de Terapia é a estranha sensação de que, por mais que se fale tanto sobre saúde mental nas nossas bolhas, “ninguém está bem”. talvez nossa fixação pela terapia seja tanto um sintoma quanto uma cura.”
A Incrível História de Henry Sugar”, de Wes Anderson. Estreia no Netflix em 27 de setembro.
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Uma questão comum aos adultos de hoje é como manter amigos e fazer novas amizades, e teve um episódio legal sobre isso no *Ppkansada. Esse texto aqui do The Atlantic é uma boa leitura para pensar sobre isso também. Quando criança, era fácil pra gente fazer um amigo brincando no parquinho. Como adultos, não sabemos mais “brincar", jogar tempo fora, ter essa coisa infantil de apenas ir fazendo as coisas e conhecendo as pessoas. Praticamente um complemento da última newsletter.
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